Logo_Hyperkulturell_Zusatz_Final_01-01Logo_Hyperkulturell_Zusatz_Final_01-01Logo_Hyperkulturell_Zusatz_Final_01-01Logo_Hyperkulturell_Zusatz_Final_01-01
  • Info
  • Materialschrank
  • Lexikon
  • E-Learning
  • Seminare
✕

Tolerância da ambiguidade

A competência intercultural é classificada na área da competência social. A competência social permite uma aparência adequada no ambiente cultural. A competência intercultural também promove a capacidade de interagir num ambiente não cultural. Uma pessoa é descrita como ’socialmente competente‘ se for capaz de interagir com indivíduos de culturas estrangeiras. Isto é conseguido através da capacidade de apreender as percepções e ideias das suas contrapartes. O comportamento social de uma pessoa deve ser questionado a partir da perspectiva da cultura estrangeira e corrigido se necessário. As suas próprias ideias de valores e normas não devem ser excluídas, mas sim adaptadas de forma flexível e de acordo com a situação.

Culturalmente indígenas e culturalmente estranhos

O pré-requisito para tal é uma consciência da existência de padrões de comportamento culturalmente específicos e não culturalmente específicos, bem como a vontade de reflectir e mudar os seus próprios valores. A competência social e intercultural é geralmente considerada como aprendível, assumindo-se que as bases são lançadas na socialização precoce que tem uma influência decisiva no desenvolvimento da competência intercultural. A aquisição da competência intercultural não se limita, portanto, aos conhecimentos específicos do país, aos conhecimentos de línguas estrangeiras, aos costumes culturais ou aos padrões de comportamento. A competência intercultural deve sensibilizar as pessoas para perceberem, reflectirem e questionarem a sua própria cultura. Para tal, um indivíduo deve ter compreendido a sua cultura e os padrões de acção resultantes (cf. Derboven/ Kumbruck 2005, 6 f.). Kühlmann identifica sete requisitos como um pré-requisito básico para alcançar a competência intercultural. Antes de mais, menciona a tolerância à ambiguidade (cf. Kühlmann 1995, 36).

Tolerância da ambiguidade – o que é isso?

A fim de melhor definir a competência intercultural, foram desenvolvidos vários modelos, a maioria dos quais se baseia em listas de certos traços de personalidade. Na maioria dos modelos de competência intercultural, a tolerância da ambiguidade é listada como um aspecto essencial (cf. Straub/ Weidemann/ Weidemann 2007, 42 f.).

O termo ambiguidade vem do latim e significa ambiguidade. Assim, a tolerância da ambiguidade descreve a competência para reconhecer a ambiguidade e a contradição e para tolerar a incerteza que pode resultar (cf. Derboven/ Kumbruck 2005, 6).

Expectativas culturais

Nos encontros interculturais, há sempre novas situações que contradizem as próprias expectativas culturais. Estas incongruências podem colocar uma grande tensão sobre os parceiros de comunicação. A distância de papéis e a empatia podem ajudar a perceber e expressar estas situações (cf. Krappmann 1973, 150).

Os intervenientes devem primeiro „ajustar-se uns aos outros em expectativas mútuas“ (Krappmann 1973, 151) e negociar novas condições para a interacção. Consequentemente, as necessidades dos interactuantes já não podem ser plenamente satisfeitas. No processo, „todos os parceiros de interacção […] tentam manter e apresentar uma identidade em cada situação que se prenda com a sua especificidade“ (Krappmann 1973, 151).

Aceitar as divergências

Um pré-requisito para participar nas interacções é que a identidade dos indivíduos seja mantida e, ao mesmo tempo, que a diversidade de expectativas seja expressa. Fundamentalmente, a interacção com outras pessoas envolve a satisfação de necessidades emocionais. A fim de satisfazer pelo menos algumas destas necessidades, as pessoas entram em interacções. Têm de aceitar as divergências e incompatibilidades resultantes, uma vez que fazem parte de qualquer relação de interacção (cf. Krappmann 1973, 151). Neste contexto, torna-se muito claro que „o indivíduo […] não pode escapar à ambivalência“. (Krappmann 1973, 152).

Segundo Krappmann, a tolerância da ambiguidade é a capacidade de tolerar o envolvimento contraditório de papéis e estruturas motivacionais igualmente em si próprio e nos seus parceiros de interacção (cf. Krappmann 1973, 155). Assim, a tolerância da ambiguidade abre a possibilidade de interacção para o indivíduo, especialmente no espaço intercultural. Ao mesmo tempo, reduz a ansiedade, deixando claro ao indivíduo que ele ou ela pode manter um equilíbrio entre as várias normas e motivos mesmo em „situações muito contraditórias“ (Krappmann 1973, 155).

Formação da identidade

Consequentemente, a tolerância à ambiguidade não é apenas uma competência importante nos encontros interculturais, mas também importante para a formação da identidade de um indivíduo. No desenvolvimento da sua identidade pessoal, o indivíduo é repetidamente obrigado a „sintetizar identificações conflituosas“ (Krappmann 1973, 167). Pois sem „ela [a tolerância da ambiguidade], nenhuma identidade de ego é concebível, uma vez que deve articular-se entre expectativas aspiradas e no quadro de um sistema de símbolos comum“ (Krappmann 1973, 167).

Cada pessoa deve aceitar o facto de que as expectativas e necessidades nem sempre coincidem e que existem lacunas entre as experiências pessoais e os sistemas de valores geralmente válidos. Se um indivíduo negar ou reprimir estas ambiguidades, não pode desenvolver uma identidade e, portanto, não pode representar o seu ponto de vista particular nas interacções (cf. Krappmann 1973, 167).

Literatura

Derboven, Wibke/ Kumbruck, Christel (2005): Interkulturelles Training Trainingsmanual zur Förderung unterkultureller Kompetenz in der Arbeit. Heidelberg: Springer Verlag.

Krappmann, Lothar (1973): Soziologische Dimension der Identität. Strukturelle Bedingungen für die Teilnahme an Interaktionsprozessen. 3. Auflage. Stuttgart: Klett.

Kühlmann, Torsten (1995): Mitarbeiterentsendung ins Ausland – Auswahl, Vorbereitung, Betreuung und Wiedereingliederung. Göttingen: Verlag für Angewandte Psychologie.

Straub, Jürgen/ Weidemann, Arne/ Weidemann, Doris (Hrsg.) (2007): Handbuch interkultureller Kommunikation und Kompetenz. Grundbegriffe – Theorien – Anwendungsfelder. Stuttgart: J. B. Metzler.

https://www.youtube.com/@hyperkulturell

Themen

Affirmative Action Akkommodation Akkulturation Ambiguitätstoleranz Antisemitismus Asyl Asylpolitik Behinderung Bildung Deutschland Diskriminierung Diversity Diversität Dänisch Englisch Europa Flucht Flüchtlinge Flüchtlingspolitik Geflüchtete Gesellschaft Gewalt Heimat Hybridität Identität Inklusion Integration interkulturell international Islam Kommunikation Kriminalität Kultur Kulturelle Bildung Menschenrechte Migration Politik Rassismus Religion Schule Sprache Stereotype Vorurteile Werte Zivilgesellschaft
✕
© 2023 Hyperkulturell.de       Impressum      Nutzungsregeln       Datenschutz